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UFC já conta com 24 estudos para hub de hidrogênio verde no Ceará

Data de publicação: 7 de junho de 2021. Categoria: Notícias mais recentes

O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Ceará (UFC) já conta com 24 estudos em andamento com foco no desenvolvimento de soluções para o hub de hidrogênio verde (H2V) no Ceará. As iniciativas fazem parte do esforço em parceria entre Estado, academia e indústria para que sejam projetadas soluções que foquem na nova matriz energética.

Nos próximos meses, a equipe deve ganhar reforço a partir do anúncio de lançamento de edital para a vinda de pesquisadores visitantes que irão apoiar a montagem de um centro tecnológico de pesquisa em hidrogênio verde.

O Diretor-Presidente do Parque Tecnológico da UFC, Fernando Ribeiro de Melo Nunes, detalha que a expectativa é atrair pesquisadores do Brasil e do mundo e que, surgindo interesse de agências de desenvolvimento internacionais, como a da Alemanha (Agência Alemã de Cooperação Internacional – GIZ), que é um dos países mais interessados na tecnologia, nada impede algum convênio de parceria.

“A universidade abriu edital para professores visitantes. São três linhas: para pós-graduação, trazer pesquisadores e desenvolvimento de parques tecnológicos”, ressalta. Dentre os 24 projetos, Fernando destaca que existe um estudo de produção de hidrogênio a partir de esgoto, sem utilização de energia elétrica. O projeto é conduzido pela pesquisadora da UFC Fernanda Lobo em parceria com as universidades norte-americanas Princeton e Columbia e com o Laboratório Nacional de Energia Renovável dos Estados Unidos.

O método, testado inicialmente em pequena escala, prevê a separação de resíduos no processamento da água, o que finalizaria com a retirada do hidrogênio e a sobra poderia ser transformada em fertilizantes. Além disso, existem outras pesquisas na área do hidrogênio nos departamentos de Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica, que vão desde a separação de gases, transporte, armazenamento, como a produção de hidrogênio a partir de outros materiais.

Fora dos laboratórios, o clima é de grande expectativa para construção de bases sólidas até a maturação do projeto no Pecém. A assinatura do memorando de entendimento, em fevereiro, para construção de uma usina de H2V, que quando pronta será o maior projeto do tipo no mundo, no Complexo do Pecém (Cipp), promete investimento de US$ 5,4 bilhões da australiana Enegix Energy. O acordo veio junto da assinatura de um decreto estadual, que desenvolveu um grupo de trabalho aliando Governo do Estado e diversas pastas com Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e UFC para a implantação e desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Estado.

O presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará (CSRenováveis) e consultor da Fiec, Jurandir Picanço, destaca que o projeto do Ceará não é isolado, mas segue a tendência internacional que tem grande potencial de desenvolvimento econômico, social e tecnológico.

Ele acrescenta que o lançamento de diretrizes com o Plano Nacional do Hidrogênio, a ser lançado pelo Governo Federal no início do segundo semestre, deve possibilitar uma grande plataforma nacional que irá beneficiar o uso do hidrogênio no mercado nacional e potencializar o poder do hub cearense.

Complexo do Pecém possui área de 200 hectares com potencial de atender às demandas de produção de hidrogênio verde.

Complexo do Pecém possui área de 200 hectares com potencial de atender às demandas de produção de hidrogênio verde. (Foto: FCO FONTENELE)

Primeiramente, o foco será na exportação, especialmente em mercados mais amadurecidos na troca da matriz, como os europeus. E o Porto do Pecém e a Port of Rotterdam terão participação fundamental, avalia Jurandir. “Há oportunidades de exportação de H2V a partir da demanda mundial de países que estão mudando sua matriz de produção de energia e consumo interno. Na Alemanha, inclusive, como o H2V é mais caro do que a produção de hidrogênio a partir do gás natural, estão subsidiando a diferença para as empresas que importarem para o país o produto. Todos os países estão buscando rever seu consumo de energia”, afirma.

Fonte: O Povo

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