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UFC e Spin-Off do PARTEC têm projeto aprovado para desenvolver curativo à base de celulose e grafeno

Data de publicação: 2 de agosto de 2021. Categoria: Notícias mais recentes

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará teve projeto aprovado na fase 2 da chamada pública Empreendimentos e Soluções de Base Tecnológica na Área de Grafeno, a partir do desenvolvimento de curativos de pele tecnologicamente avançados à base de biocelulose e nanopartículas de grafeno modificado.

Batizados de GrafDerm, os curativos desempenham uma ação bioativa sobre ferimentos, sendo feitos com biocelulose e contendo óxido de grafeno ancorado com nanopartículas de prata. O produto, desenvolvido em parceria com a Spin-off incubada no Parque Tecnológico da UFC (PARTEC), BIOMTEC, possui propriedades antimicrobianas não citotóxicas.

Microscopia eletrônica (aumento de 50.000 vezes) mostra as fibras de celulose entrelaçadas com óxido de grafeno ancorado com nanopartículas de prata (Imagem: Divulgação)

A chamada foi realizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI), com o objetivo de apoiar propostas de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação, visando à geração de empreendimentos e soluções de base tecnológica com o grafeno como principal objeto.

Na fase 1 (de conceituação, ideação, plano de negócio e projeto de PD&I complementar), foram aprovados 30 projetos de todo o Brasil. Já na fase 2 (de validação e PD&I, para apresentação de produto mínimo viável), foram aprovados 10 projetos, um deles o da UFC.

Os pesquisadores pertencem ao Departamento de Engenharia Química, com a liderança do Prof. Rodrigo Vieira, e ao Departamento de Física, sob liderança do Prof. Antonio Gomes de Souza Filho. Há também apoio da Profª Andréia Faria, do Departamento de Engenharia de Ciências Ambientais da Universidade da Flórida; da pesquisadora Erika Luz, bolsista no projeto; e da pesquisadora Fábia Karine, sócia-proprietária da BIOMTEC.

O CURATIVO – Uma das vantagens do GrafDerm é que, por conta de sua característica de umidade, é adaptável à superfície da lesão, oferecendo flexibilidade e proteção ao tecido. O curativo possui ainda alta capacidade de remoção do exsudato (fluido proveniente dos ferimentos), regulação da temperatura e umidade sobre a área inflamada.

 

Proposta de identidade visual e embalagem do GrafDerm (Imagem: Divulgação)

PRODUÇÃO – Durante a fase 1 do edital, o GrafDerm foi desenvolvido a partir de produção laboratorial de biocelulose. O óxido de grafeno sofreu modificação química por meio da redução de íons de prata, promovendo a formação do nanocompósito GO-Ag, incorporado às membranas de biocelulose.

O efeito bactericida dos curativos foi avaliado contra três cepas bacterianas, e o teste de toxicidade usou células de fibroblastos. Além de boa remoção do exsudato, baixa toxicidade e atividade bactericida, os resultados também demonstraram um curativo com porosidade ao longo de sua espessura, que atua no controle de trocas gasosas, fator importante para a cicatrização.

Já para a fase 2, a equipe realizará testes pré-clínicos para validação da produção do GrafDerm e obtenção do plano de negócios expandido, em comparação com o plano de negócios apresentado ao fim da fase 1. A equipe atualmente busca parcerias com investidores, empresas e outros potenciais clientes ou parceiros. O objetivo é entrar no mercado farmacêutico como uma inovação tecnológica.

Outro avanço planejado para a fase 2 é o estudo in vivo em modelo animal, para determinar melhor as propriedades biológicas do curativo. A atividade cicatrizante será avaliada utilizando dois modelos: 1) de lesão cutânea infectada e protocolos de atendimento; e 2) de lesão cutânea diabética.

Os ensaios in vivo serão conduzidos pelo grupo das professoras colaboradoras Ana Paula Girol e Giovana Aparecida Gonçalves, do Centro Universitário Padre Albino (UNIFIPA), na Unidade Didática e de Pesquisa Experimental (UDPE), em Catanduva (SP). A unidade possui experiência no uso de modelos animais para avaliação de processos inflamatórios e de regeneração tecidual, envolvendo abordagens morfofisiológicas, histopatológicas, bioquímicas e moleculares.

Fonte: Portal da UFC

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